Charmoso, persuasivo, egoísta e trapaceiro: estas são apenas algumas das características de Loki, vivido no Universo Cinematográfico da Marvel pelo ator Tom Hiddleston.

Apesar de ter surgido nos cinemas como um dos principais antagonistas de seu irmão, o deus do trovão Thor (Chris Hemsworth), Loki conquistou o público, muito por conta do carisma de Hiddleston. Como forma de desenvolver o personagem e engrossar o caldo das histórias derivadas da mitologia nórdica no MCU, a série Loki chega nesta quarta (9) ao serviço de streaming Disney+.

A trajetória do deus da trapaça é bem diversa, quando analisamos as suas aparições anteriores nos filmes da Marvel Studios. Loki construiu um arco que o fez se livrar do estigma de traidor mesquinho para alcançar o status de mártir, sendo morto por Thanos em Vingadores: Guerra Infinita (2018).

Mas, como no Universo Marvel tudo é possível, em Vingadores: Ultimato (2019), nosso vilão favorito aparece novamente, quando o grupo de heróis decide voltar no tempo. E é a partir desse momento que a série Loki se desenvolve.

O ROUBO DO TESSERACT

Em Ultimato, os Vingadores fazem diversas viagens no tempo para conseguir recuperar as joias do infinito no passado. Em uma destas viagens, eles retornam ao dia em que Loki atacou Nova Iorque, em Os Vingadores (2012). No entanto, o desfecho dos acontecimentos é diferente do apresentado no primeiro filme da equipe de super-heróis: desta vez, Loki rouba o Tesseract e escapa.

Tendo posse do Cubo Cósmico, o anti-herói acaba criando uma nova linha do tempo, e isso inevitavelmente abala todo o Multiverso. Na série Loki, veremos os desdobramentos dessa ação do personagem, e como ele responderá por esse ato, bastante inconsequente.

A AVT: AUTORIDADE DE VARIAÇÃO TEMPORAL

A AVT (ou no original, TVA: Time Variance Authority) é uma organização criada em um futuro distante, para que seja a responsável pelo controle rígido das realidades contidas no Multiverso da Marvel. Depois de roubar o Tesseract e criar uma nova linha do tempo, Loki é detido pela AVT e precisa lidar com as consequências. Prévias da série já revelaram cenas nas quais membros da Autoridade de Variação Temporal aparecem, como o Agente Mobius:

LOKI É UM PERSONAGEM LGBTQIA+?

Sim! O personagem foi confirmado pela Marvel como gênero-fluido, observação que podemos ver em sua ficha, nessa imagem de divulgação da série. E se engana quem pensa que a questão de gênero de Loki é novidade - está bem longe disso. O personagem tem sua origem na mitologia nórdica, e diversas histórias do deus da trapaça mostram que Loki já expressou seu gênero de maneira masculina e feminina.

A mesma identidade também define Loki nos quadrinhos. Na edição Original Sin - Vol 1 5.5, lançada em 2014, Odin faz a seguinte colocação, se referindo à fluidez de gênero do personagem:

“Meus filhos. Meu filho e minha filha, e minha criança, que é os dois”

Nas HQs, Loki já afirmou que faz parte do espectro LGBTQIA+, o que pode ser explorado através da Lady Loki, uma versão feminina encarnada pelo personagem nos quadrinhos. Segundo rumores, Lady Loki deve ser interpretada por Sophia Di Martino nessa nova produção.

INSPIRAÇÃO EM THRILLERS CLÁSSICOS

Em coletiva de imprensa sobre a série, o roteirista Michael Waldron disse que filmes como Zodíaco e O Silêncio dos Inocentes inspiraram a história e a atmosfera da trama que, segundo ele, traz elementos de filmes de suspense e assassinato.

Como a versão de Loki que veremos na série é a mesma que conhecemos em Os Vingadores, devemos nos deparar com uma faceta mais vilanesca e egoica do personagem, que ainda não se desenvolveu a partir da redenção que outros momentos dos filmes proporcionaram.

Seguindo os passos de WandaVision e Falcão e o Soldado Invernal, Loki abrirá o leque de possibilidades para novas produções da Marvel, tanto nos cinemas quanto no streaming. A serie contará com um total de seis episódios, que serão lançados semanalmente, às quartas-feiras, no catálogo do Disney+.